O PRIMEIRO DIA NO CURSINHO
Maria Helena acabava de matricular-se
em um famoso cursinho, desses que preparam os alunos para os exames
vestibulares.
Logo no primeiro dia de aula, depois
de subir os seis lances de escadas que a conduziam à sua classe de duzentos e
quarenta alunos, entrou na sala espantada com a quantidade de colegas. Assistiu
às três primeiras aulas (ou conferências) que os professores deram com o
auxílio de microfones.
Quando bateu o sinal do intervalo,
tentou encontrar a lanchonete que ficava no térreo. Maria Helena então começou
a descer os seis lances de escadas, acompanhada pôr uma quantidade incontável
de pessoas, ou seja, os colegas das outras quinze salas de aula existentes em
cada andar. Sentia-se como uma torcedora saindo do Morumbi depois de um
clássico.
Após algum tempo, chegou ao térreo e
lá avistou uma aglomeração comparável ao público que comparecia aos comícios
das “Diretas”. Olhou para todos os lados e não viu lanchonete alguma.
Pouco tempo depois, descobriu que a
lanchonete era lá mesmo, mas não dava para ver a caixa registradora, situada a
alguns metros dela, de tanta gente que havia. Ela já estava na fila da caixa e
não sabia.
( BRANCA GRANATIC )
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