terça-feira, 14 de maio de 2013

RESENHA DE LIVRO: SENHORA


 SENHORA (José de Alencar)

O escritor José de Alencar foi um dos primeiros escritores românticos do Brasil. Autor de grandes obras como O Guarani, Diva, Iracema, entre outros, marca o romantismo brasileiro com a personagem de Aurélia Camargo, em Senhora. Esta obra retrata o amor acima das dificuldades, pois Aurélia é uma jovem bela que luta por seus sonhos e ideal, mesmo após ser traída.
Pobre, esta moça acaba sendo trocada pelo homem que amava. Fernando Seixas, pela bagatela de um dote de trinta contos de réis, desembolsados por Adelaide Amaral, filha de um empregado da Alfândega.
Aurélia recebe uma herança e fica extremamente rica e despreza a todos os homens que a cortejam. Agora, esta 'Senhora' traída em sua sensibilidade não o perdoa. Em resposta ao acontecido, para vingar-se, usa seu próprio dinheiro.
Com muita astúcia, ela pede a seu tio e tutor, Lemos, que ofereça a sua mão a Seixas, recém-chegado na corte. No entanto, há a condição de que a identidade dela não seja revelada e que o dote proposto seja irrecusável.
Fernando, em má situação financeira, não recusa. Os planos de Aurélia entram em ação. Até que o grande momento acontece. Ele é apresentado a sua futura esposa: ao (re) encontrá-la, acredita ter unido o amor e a fortuna, já que ela é um amor antigo que foi abandonado pelo dote de Adelaide.
Ledo engano do pobre rapaz. Na noite de núpcias é que são revelados os verdadeiros papéis do casal, ela a mulher traída, ele o homem vendido. É neste clima de casamento de conveniência que a história de amor da moça rica é contada. Aurélia acaba  expondo os seus sentimentos a cada linha que compõem a obra.
Esta mulher que, inicialmente, é vista como um ser divino acaba tornando-se um misto de anjo e demônio. Personagem de contradições, tendo dentro de si 'a bela e a fera'. Ao maltratar o seu grande amor é que a 'Senhora' prova a sua dignidade.

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